Estes dias têm sido tão corridos que fica difícil arrumar um tempinho para escrever, mas se tem uma coisa que não consigo deixar de fazer é ler. E como leio muito, vira e mexe penso em indicar o que leio para os meus leitores, mas esbarro na fronteira da língua. A maioria das minhas referências são gringas, e sei que muitos leitores do meu Blog ainda não falam inglês. Já recebi alguns feedbacks em relação a isso quando indiquei livros estrangeiros.
Foi pensando nisso que decidi criar uma categoria especial neste Blog, Traduções. Isso não somente vai me ajudar quando eu estiver atolado de trabalho, como vai ajudar meu leitor, que terá acesso exclusivo e traduzido ao que eu ando lendo. Não é legal?
Hoje apresento um artigo do designer Justin Jackson, que conheci há pouquíssimo tempo mas já se tornou leitura obrigatória.
Se você entende inglês sugiro que visite o artigo original: Things I’ve quit doing at my desk
Segue a tradução
Temos que pensar na nossa mesa como uma estação de trabalho.
Na verdade nós fazemos todos os tipos de coisas na nossa mesa, e que não são exatamente trabalho (ou afetam nossa habilidade de produzir nosso melhor).
Aqui vão algumas coisas que deixei de fazer na minha mesa de trabalho:
- Pensar: ninguém tem as melhores ideias enquanto está sentado numa mesa. Quando você reflete sobre seus momentos “Eureca!”, quantos deles aconteceram enquanto você estava de frente para uma tela? Se você for como eu, suas melhores ideias acontecem quando você não está em sua mesa: caminhando, pedindo ajuda a outra pessoa, tomando um café, no chuveiro. Sua mesa é para executar; pense em outro lugar.
- Socializar: quando sento na minha mesa eu quero estar no modo trabalho. Quero priorizar minhas tarefas mais importantes, e completá-las o mais rápido possível. Socializar enquanto estou na mesa mancha a ideia de “estação de trabalho”. Por isso o refrigerador de água é na verdade uma brilhante ideia de construção social: quando você quer socializar, você pode se levantar da sua mesa e ir para a copa. Acredito que todo escritório deveria ter uma “copa”, um lugar (ou período do dia) onde uma equipe pode socializar e conversar informalmente.
- Procrastinação: checar o Facebook, Twitter, Youtube, verificar e-mail, ler artigos sem função. Acho que pausas e horários de intervalo são importantes durante um dia de trabalho. Mas repito: acredito que manter a pureza da minha mesa como um lugar onde eu trabalho é importante. Se eu precisar de um tempo para atividades extras, acho melhor sair da mesa e ir para um lugar com um tempo determinado para fazer isso. Também é importante que nessas horas perguntemos a nós mesmos o seguinte: “Por quê?” Estou prorrogando meu trabalho porque estou cansado? Com fome? Entediado? Estou preso em um problema? Estou com preguiça e preciso dar uma volta? Identifique a raiz do problema e lide com ele.
- Sentar: nos últimos 18 meses tenho usado uma mesa que me obriga a trabalhar em pé (uma mesa alta). Percebi que a melhor parte não é o fato de eu ficar em pé o dia inteiro; e sim o fato de eu não ficar sentado o dia inteiro. Uma mesa alta permite que eu fique em pé, sente, me encoste e coloque uma perna para o alto enquanto estou trabalhando. E melhor ainda, senti mais liberdade para dar uma volta quando estou com um problema que precisa de reflexão (ou quando estou cansado e preciso de um descanso).
Muitos escritores mantém uma cabine privada (nota: algo difícil de se ver no Brasil). A cabine tem um propósito: é o lugar onde eles vão para escrever. Não se faz nada além disso lá. Quando eles não conseguem mais escrever, saem de lá para fazer outra coisa. Acho que nós precisamos enxergar nossas mesas da mesma forma: é um lugar onde precisamos realizar o trabalho.
E você, o que acha?
Minha opinião sobre o artigo
Confesso que às vezes me disperso quando recebo um e-mail e quero dar atenção na hora. Ou mesmo quando abro o Facebook ou Twitter simplesmente por estar cansado. Isso é algo que de fato preciso corrigir, mas não sei se eu conseguiria trabalhar em pé, por exemplo. Tampouco conseguiria usar minha mesa de trabalho única e exclusivamente para trabalho, mas de qualquer forma achei o artigo no mínimo interessante. Vale a reflexão sobre algumas coisas.
Então, repito a pergunta do Justin - e você, o que acha?
Espero que tenha gostado desta ideia das traduções. Um abraço e até o próximo artigo.
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Recomendo.