Uma das primeiras coisas que aprendi como designer: é preciso ter um portfólio. Na época em que me graduei em programação visual (2006), meu único objetivo era ter um portfólio que atraísse os donos das agências ou empresas onde procurava emprego. Depois de alguns anos meu objetivo mudou, e agora precisava atrair potenciais clientes.

Durante uma conversa com um amigo no grupo do Facebook chamado Designer Gráfico, levantamos um questionamento:

Será que os portfólios online continuam tendo o contratante como público-alvo?

Acredito que a resposta ainda seja "sim", pois afinal de contas o portfólio, online ou não, continua tendo o mesmo objetivo de sempre: despertar interesse para uma possível contratação. Mas concordamos que talvez os portfólios online possuam muito mais impacto sobre outros designers do que sobre potenciais clientes. E acho que esse impacto pode ser interessante para você.

Um potencial cliente quer saber se seu portfólio como um todo o agrada ou não, e normalmente o que ele avalia nesse momento é a beleza. Não que ele não possa se interessar pelos detalhes técnicos, até porque, a verdade é que por mais que ele não entenda tudo, estes mesmos detalhes podem fazer a diferença na hora de te escolher.

A título de curiosidade, existe uma frase que utilizo praticamente como mantra quando penso no resultado final do meu trabalho:

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Entre as pessoas que avaliam essa “beleza” está o designer. Ele sim se interessa por todos os detalhes sobre cores, fontes ou técnicas de construção, pois ele resolve seus "problemas" da mesma maneira que você. Mais interessante ainda é que ele pode utilizar as mesmas ferramentas de divulgação que você, como Behance, Dribbble, ou mesmo as redes sociais mais usadas, como Facebook, Twitter, etc.

Isso quer dizer que se ele gostar do seu trabalho se torna um potencial multiplicador. Como falei na minha palestra sobre Behance (clique para assistir), algumas plataformas de portfólio online também funcionam como redes sociais, pois você interage com outras pessoas. Quando acontece qualquer interação, como curtidas ou comentários, outros profissionais conhecerão seu portfólio e poderão contribuir da mesma forma.

Essa multiplicação não tem barreiras, pois a partir do momento que a primeira “curtida” for exibida para outra pessoa, terá grandes chances de se projetar até que encontre um potencial cliente, que também pode ser um potencial multiplicador.

Acredito que esse universo colaborativo, que de certa forma é orgânico e involuntário, só traz benefícios, pois além de espalhar o “bom design” ajuda estudantes que procuram referências, contribui com profissionais experientes e ajuda, claro, o cliente.

Espero que tenha gostado dessa reflexão e que ela lhe sirva de inspiração. Se você pensa diferente ou tem algo para acrescentar, fique à vontade para dividir nos comentários.

Um abraço e até a próxima.

Referência externa:

Uma boa referência que explora esse conceito de “beleza” é o livro “História da beleza”, do Humberto Eco.

CRÉDITO

Imagem da capa por Shutterstock

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